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Não ficou nem onde a Prefeitura e o Dr. Ivo Nesrrala queriam, mas ficou na orla do Guaíba, ao lado da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
No governo de Rigoto já havia sido realizado cerimônia com enterro do marco, para construção da Caixa de Sapato na área de estacionamento do Shopping Total na av. Cristovão Colombo, mas houve mobilização dos moradores da região pelo grande fluxo de veículos, entre outros.
Projeto atual
Projeto anterior
ASPECTOS GERAIS do projeto anterior
O projeto do Teatro da OSPA foi elaborado a partir de Estudo Preliminar escolhido através do Concurso Público de Arquitetura realizado em meados de 1997.Trata-se de uma obra de significado, pela importância do local no qual se insere, junto ao cais do porto, e o papel que a OSPA ocupa no cenário cultural gaúcho.
O edifício contém, essencialmente, uma sala de espetáculos adequada a concerto sinfônico, porém adaptável a outros tipos de espetáculos. A sala tem capacidade para 1570 espectadores e um palco de mais de 500 m².
Sendo a sede da Fundação da Orquesta Sinfônica de Porto Alegre, também abriga área administrativa, espaços de ensaios e uma escola de música.
O projeto contém ainda, grandes espaços públicos internos e externos, representados por foyers com bar e cafeterias, privilegiando as visuais para o Guaíba, além de uma praça coberta com local para apresentações.
Concurso Público Nacional de Arquitetura para a Sede da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - 1º lugar
Projeto Arquitetônico anterior:
Arq. Julio Ramos Collares
Arq. Dalton Bernardes
Arq. Marco Peres
Data do Projeto:1997
Endereço da Obra:
Av. João Goulart, próximo aos armazéns do cais do porto - Porto Alegre - RS
Proprietário:
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
CONTEXTO
A construção do Teatro da OSPA no cais Marcílio Dias será um marco na história de Porto Alegre. Não só por ser uma obra de grande porte que vai modificar o cartão postal da cidade ou suprir uma lacuna na infraestrutura cultural, mas, principalmente, porque vai reforçar o papel da península como centro cultural e referencial da capital e, de quebra, vai servir de “finca-bandeira” no cais do porto, tornando irreversível a conquista desse espaço. A OSPA vai desencadear um processo de ordem prática que vai obrigar que todas as questões ainda indefinidas tomem rumo tendo como norte a própria realidade da construção desse grande teatro. O teatro da OSPA será, sem dúvida, o principal vetor da organização espacial da ponta da península.
CONCEITO
A inserção do Teatro da Ospa como vetor importante do Plano Diretor do Porto dos Casais, não deve modificar a solução encontrada em um concurso público de arquitetura para o conjunto. A proposta apresentada aqui pretende que a OSPA tenha ao mesmo tempo autonomia e disponibilidade de se integrar aos projetos que ainda estão para ser elaborados, mas sem prejuízo de uma personalidade própria e independente. A OSPA é muito importante para ser confundida com um simples teatro de “shopping”. Propomos uma personalidade e endereço próprios, algo como “CAIS MARCÍLIO DIAS n0 97”, definindo sua desvinculação política dos “shoppings” que lhe são contíguos. Mas, por outro lado, nosso projeto, ao abrir o próprio palco do Teatro da OSPA, na testada oeste (uma grande porta de hangar), busca possibilidades de trocas com esses espaços ou com o próprio solo enquanto nada for construído por ali. A idéia é reforçar o vínculo que a OSPA já tem com a comunidade propiciando facilidades para realização de grandes concertos populares ao ar livre, utilizando o potencial técnico-cênico da caixa do palco.
O acesso às garagens, reservadas no futuro “shopping”, poderá ser feito por passarelas cobertas.
ARQUITETURA
Qualidade técnica e acústica, economia de meios, rapidez de execução e linguagem contemporânea explorando a potencialidade de materiais e técnicas ligadas a história do Rio Grande do Sul é a linha mestra do desenvolvimento desse projeto. O grês que serviu para a construção da primeira obra importante em nosso território, São Miguel, junto com o tijolo à vista, de influência uruguaia, o concreto à vista dos anos 70 e o aço que se impõe cada vez mais, são os elementos que identificam a arquitetura erudita do passado, presente e futuro do Rio Grande do Sul. Esses materiais de grande durabilidade e baixa manutenção são os adequados para a OSPA. O uso de paredes autoportantes de pedra traz a vantagem de um grande isolamento acústico e a dispensa de materiais de revestimento e, portanto, rapidez e economia. O uso do aço para a cobertura e fachadas, da mesma forma acelera e diminui custos. Além disso, consegue-se com eles, um caráter simbólico condizente com a importância dessa obra. O Teatro da OSPA vai ter, assim, peso específico suficiente para criar um vínculo com a Usina do Gasômetro. Evidentemente, não estamos propondo uma contrução tosca ou rústica, pelo contrário, a proposta é de uma arquitetura de construção bastante elaborada nos detalhes, mas não cara.
Um grande bloco de tijolo à vista, marcante no eixo da Mauá e marcado por aberturas retangulares inspiradas nas antigas partituras perfuradas das pianolas, é o elemento que cria, com seu grande vazio interno, uma atmosfera instigante, associando solenidade e monumentalidade condizente com a importância da OSPA. Esse bloco explica, articula e organiza todos os acessos e circulações, além de ser uma torre de serviços, com os sanitários, elevadores, chapelaria, informações e administração. Também estamos propondo para esta torre um serviço de venda de fotocópias de partituras de autores nacionais, um importante serviço da apoio e estímulo aos compositores, reforçando a sede da OSPA como um centro musical por excelência. Desta torre saem as passarelas que dão acesso às plateias e mezaninos, ao foyer e à sala de ensaios de visitantes transformada num pequeno auditório para entrevistas, conferências e pequenos seminários. Todos os ambientes são acessados por elevadores, facilitando o deslocamento para o público de terceira idade ( numeroso nos concertos da OSPA) e deficientes.
A torre tem ligação direta com o alinhamento do Cais Marcílio Dias, com a idéia de que, com muro ou sem muro, se faça a leitura de uma avenida que tem de um lado um teatro e de outro um hotel. Uma segunda possibilidade de acesso, possivelmente mais pedestre enquanto existir o muro, dar-se-á pela avenida João Goulart, acessando diretamente o nível da platéia baixa e da Escola de Música, permitindo um caminho diário alternativo de acesso ao cais do porto que passa pelo hall principal (usufruindo do café, inteirando-se da programação, visitando o museu, etc.) para os hóspedes do futuro hotel e transeuntes em geral.
A platéia foi dividida em setores subdivididos em dois níveis cada um: platéia baixa, platéia alta, mezanino baixo, mezanino alto, abrigando um total de 1516 pessoas, todas com visão garantida da ponta do palco. Os balcões não foram projetados para atender à lotação solicitada, mas porque criam um clima adequado a audição de concertos e óperas.
Usou-se processo gráfico para garantir que a linha de visão passe 8cm acima da linha de visão do ocupante da cadeira imediatamente à frente com o objetivo de enxergar a ponta do palco para dança e ópera. Para não variar constantemente as alturas dos degraus da platéia, optou-se por variar horizontalmente a distância entre as fileiras. A platéia baixa tem espaçamento entre poltronas de 95cm, a platéia alta e o mezanino baixo 90cm e o mezanino alto 85cm. As filas com não mais do que 14 lugares e os 4 corredores, garantem uma circulação ampla e confortável para o público. Os deficientes (2% dos lugares) possuem uma área propria, tipo tribuna, nos fundos da platéia alta. Esse espaço de grandes dimensões possibilita outros usos eventuais (corpo de jurados, tribuna de honra, fotógrafos, câmaras, etc.) A sala de autoridades se localiza junto ao foyer com acesso direto a essas tribunas.
Todas as salas destinadas a ensaios ou à prática de ensino musical foram planejadas com forma acústica favorável, evitando-se gastos desnecessários com revestimentos para corrigir a sua forma. Propomos que duas das salas da Escola de Música funcionem como laboratório acústico e sala de gravação, permitindo a auto-escuta e outras formas de experiências musicais, além das aulas no sistema tradicional.
A polêmica em torno do famoso muro da Mauá foi resolvida pela incorporação definitiva do muro no lote da OSPA. Numa primeira etapa ele serve para proteger os equipamentos e depósitos que temem água. Quando todo o resto do muro for substituído, ele permanece no lote da OSPA, junto com uma paineira, como uma referência histórica lembrando a maneira contemporânea de projetar, que respeita o contexto e seus elementos de valor histórico.
Propomos destinar uma verba de 1% do custo da obra para a inclusão de obras de arte projetadas em conjunto com a arquitetura, como o revestimento em madeira da platéia, uma grande obra no vazio da circulação e esculturas acústicas na praça do segundo pavimento, junto ao café e a Escola.
No projeto anterior a proposta era para o Cais Mauá, ao lado da Usina do Gasômetro, conforme imagem abaixo:
Projeto atual do novo Teatro da Ospa
Área do Terreno: 3.960,00 m²
Área Construída: 8.778,28 m²
Com orçamento de cerca de R$ 30 milhões, a sala que terá espaço para 1,5 mil pessoas, deve ser concluída em um ano, assim que as obras iniciarem. A sala sinfônica será construída na Avenida Loureiro da Silva. O processo foi iniciado há cinco anos e prevê um prédio de três pavimentos com saguões envidraçados, permitindo a visão da cidade e do Guaíba.
Com a aprovação unânime de nossos vereadores, foi cedida uma área ao lado da Câmara Municipal para a construção no novo teatro da OSPA.
Segundo o presidente da Fundação Ospa, Ivo Nesralla, não há prazo para a conclusão das obras, uma vez que os recursos ainda serão buscados: – Vamos fazer uma campanha pedindo a contribuição de todos os que puderem, mesmo com o valor de um saco de cimento, alguns tijolos. Depois de o teatro pronto, teremos um painel com o nome de quem contribuiu, não importa com quanto. Esse teatro será uma obra da comunidade.
Mobilizações contrarias
Movimentos Ambientalistas e Moradores do Centro da cidade mobilizaram-se para mostrar sua contrariedade a isso.Alegam que o local cedido pelo poder público é uma área verde que deve ser legalmente integrada ao Parque da Harmonia.
Com este objetivo Jair Moraes e os demais integrantes do Movimento Salve o Parque da Harmonia, montaram uma exposição fotográfica itinerante para mostrar para a população da cidade a área que está ameaçada pela construção.
Texto e fotos enviados pelo Movimento Salve o Parque da Harmonia:
Estão mutilando nosso Parque da Harmonia
“Situado entre a Ponta da Cadeia e a margem direita do Arroio Dilúvio, o Parque foi inicialmente chamado de Porto dos Casais e depois passou a denominar-se, pela lei nº 5066, de 1981, Parque da Harmonia. Em 25 de março de 1987, pela lei municipal nº 5885, passou a chamar-se Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, fundador do grupo RBS. Com 65 hectares, caracteriza-se por reunir diversos aspectos da tradição gaúcha, com churrasqueiras ao ar livre e galpão crioulo, espaços destinados à manutenção e prática da cultura tradicionalista, e o famoso Acampamento Farroupilha.
Conta com espaços de recreação infantil, futebol na areia, quadras de vôlei, canchas de bocha, local para pesca, aero e nautimodelismo.” Esta infra-estrutura apresentada acima é presente numa área restrita do parque, pois, no restante dele, não temos nada ofertado pela nossa ilustríssima prefeitura.
Entende-se o objetivo do abandono desta área destinada a concessão. Área esta de excelente localização, próxima a Usina do Gasômetro, perfeita para passeios, práticas de atividades físicas, brincar com as crianças, ler, reunir-se com os amigos, e desfrutar os benefícios que o contato com a natureza nos proporciona. Sendo este, um lugar perfeito para quem busca tranquilidade dentro da nossa capital. Acreditamos que estas são as justificativas do nosso prefeito, e dos vereadores para construírem um teatro no local, este que necessita de estacionamento, e vias de acesso para o mesmo, que provavelmente serão construídas no interior do parque. Sabemos que isso representa o uso de uma área maior, do que a concedida para a Fundação, que será utilizada para a construção do teatro.
Ao longo dos anos acompanhamos a construção de vários prédios do poder público, um centro de eventos, que virou restaurante, um galpão construído exclusivamente para a semana farroupilha, que acabou se tornando parte da paisagem, isto tudo na área destinada ao Parque da Harmonia.
O Museu Iberê Camargo e o Cais do Porto são dois exemplos dos 13 locais ofertados para este projeto que não causariam o impacto negativo na área ambiental e sócio-cultural da nossa cidade.
Salientamos que concordamos com a necessidade de uma nova casa para a OSPA, porém a grande área verde do Parque da Harmonia deve ser preservada como parte tradicional da cultura da nossa cidade.
Imagens da antiga sede da av. Indepêndencia em Porto Alegre:
Sede da Av. Independência
Porta lateral
Este será o penúltimo concerto da OSPA no Teatro Leopoldina; e, provavelmente, o penúltimo concerto de quem quer que seja neste que é conhecido como Teatro da OSPA.
Ficha Técnica do penúltimo concerto na Indepêndencia
3ª-feira, 24. VI, 2008 às 20:30 no Teatro (ainda) da OSPA
G. PUCCINI - Capriccio Sinfonico
Carl NIELSEN - Concerto para Flauta e Orquestra
Alberto NEPOMUCENO - Sinfonia em sol menor
Solista: Artur Elias Carneiro (Flauta)
Regente: Abel Rocha
Teatro da Ospa (Teatro Leopoldina)
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) despediu-se, na noite de terça-feira, 01. VII, 2008 do espaço que ocupou nos últimos 24 anos. O concerto de despedida da orquestra inicia às 20h30min. Os músicos da OSPA ainda não sabem para onde irão. Sem um espaço próprio, a orquestra passará a realizar seus encontros semanais no teatro do Bourbon Country, Palácio Piratiní em praças e igrejas da capital e do interior.
Teatro do Bourbon
Localização:
O Projeto:
- A proposta do novo teatro é de um edifício com funcionamento ecologicamente correto, com reaproveitamento de água, uso de energia solar e preservação de todas as árvores do entorno. Também será priorizada a integração do teatro com o Guaíba e o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia), com espaços voltados para a orla. O impacto ambiental causado no parque pela construção do Teatro e pelos espaços disponibilizados para apoio, como estacionamento, terá como compensação área a ser definida na Zona Norte da cidade.
Esperamos que tudo se concretize, nesta capital cheia de grandes projetos e poucas conclusões.
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