domingo, 7 de julho de 2013

Incêndio no Mercado Público

Um incêndio da alma do prédio, para a administração acordar e fazer um Mercado Público como a idade de Porto Alegre merece e como os exemplos do mundo até da capitais próximas comprovam, Florianópolis ou Curitiba.


ACORDA FORTUNATI.

Em 06 de julho de 2013, em Porto Alegre, noite de sábado, um incêndio atingiu o histórico prédio do Mercado Público, preocupou a prefeitura da capital, o governo gaúcho e até a presidente da República, Dilma Rousseff, que disse que o Mercado "faz parte da alma" da cidade.

As chamas, iniciaram às 20h34 e só foram controladas depois das 22h30, impressionaram pela intensidade e altura. 

Na década de 1990 o prédio passou por uma restauração em toda a estrutura, que durou sete anos.

No domingo, um dia após o Mercado Público de Porto Alegre (RS) sofrer um incêndio de grandes proporções, o prédio histórico no Centro da capital gaúcha foi aberto neste domingo para a entrada de policiais e de peritos. Por volta do meio-dia, a Brigada Militar permitiu o acesso de equipes de reportagem à parte interna do Mercado, foi constatado que 10% da estrutura foi consumida pelas chamas.

Ao entrar no prédio histórico, a primeira impressão era de que o estrago era muito menor do que se previa pelas imagens do fogo veiculadas na noite de sábado. "Quando via as imagens ontem, parecia terra arrasada", disse o secretário da Produção, Indústria e Comércio (SMIC) de Porto Alegre Humberto Goulart, ao entrar no Mercado Público.

Quase todos os itens das bancas do primeiro andar do mercado ficaram a salvo. Os itens das bancas de frutas permaneciam no mesmo lugar; as bancas de fiambreria, carnes e outros itens não mostravam danos externos. A impressão é que a maioria das bancas poderia funcionar amanhã, se o Mercado estivesse aberto.

Goulart afirmou que o Mercado começa a ser reconstruído nesta segunda-feira, e os permissionários das bancas terão recursos do Funmercado (Fundo Municipal do Mercado Público, formado com a receita arrecadada das permissões) para recuperar suas perdas. Em reunião com proprietários de bancas e estabelecimentos do lado de fora do prédio, autoridades municipais organizaram a retirada de produtos que não foram destruídos pelo fogo.

O incêndio causou mais danos no segundo andar, no lado da Avenida Júlio de Castilhos, onde estão localizados restaurantes. A perda foi total para alguns estabelecimentos, especialmente aqueles voltados para a esquina da Júlio de Castilhos com a Borges de Medeiros.

No entanto, a área voltada para o Largo Glênio Peres estava praticamente intacta, incluído o teto. A área central do andar superior do Mercado também estava em boas condições, inclusive ainda exibia um grande banner que descia do teto. Muitas cadeiras de madeira do segundo andar não pegaram fogo, inclusive muitas das próximas à área mais afetada – as do térreo também não foram afetadas.

O delegado Hilton Müller Rodrigues disse que ainda são desconhecidas as causas do incêndio, mas a perícia está investigando isso. "Não é a destruição que vimos ontem, a impressão que temos é positiva", disse. Sobre o trabalho dos Bombeiros e de prevenção do incêndio, o delegado não mostrou contrariedade. "Os peritos nos garantiram que os hidrantes do segundo andar estavam funcionando", disse.

O prefeito de Porto Alegre José Fortunati afirmou em entrevista coletiva que o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) do Mercado Público estava vencido desde 2007. Segundo a SMIC, uma licitação foi feita para contratar uma empresa que faria o PPCI, mas a licitação ainda está na fase da contratação.

Fonte: Terra