Um incêndio da alma do
prédio, para a administração acordar e fazer um Mercado Público como a idade de
Porto Alegre merece e como os exemplos do mundo até da capitais próximas
comprovam, Florianópolis ou Curitiba.
Em 06 de julho de 2013, em Porto Alegre, noite de sábado, um
incêndio atingiu o histórico prédio do Mercado Público, preocupou a prefeitura
da capital, o governo gaúcho e até a presidente da República, Dilma Rousseff,
que disse que o Mercado "faz parte da alma" da cidade.
As chamas, iniciaram às 20h34 e só foram controladas depois
das 22h30, impressionaram pela intensidade e altura.
Na
década de 1990 o prédio passou por uma restauração em toda a estrutura, que
durou sete anos.
No
domingo, um dia após o Mercado Público de Porto Alegre (RS) sofrer um incêndio
de grandes proporções, o prédio histórico no Centro da capital gaúcha foi
aberto neste domingo para a entrada de policiais e de peritos. Por volta do
meio-dia, a Brigada Militar permitiu o acesso de equipes de reportagem à parte
interna do Mercado, foi constatado que 10% da estrutura foi consumida
pelas chamas.
Ao
entrar no prédio histórico, a primeira impressão era de que o estrago era muito
menor do que se previa pelas imagens do fogo veiculadas na noite de sábado.
"Quando via as imagens ontem, parecia terra arrasada", disse o
secretário da Produção, Indústria e Comércio (SMIC) de Porto Alegre Humberto
Goulart, ao entrar no Mercado Público.
Quase
todos os itens das bancas do primeiro andar do mercado ficaram a salvo. Os
itens das bancas de frutas permaneciam no mesmo lugar; as bancas de fiambreria,
carnes e outros itens não mostravam danos externos. A impressão é que a maioria
das bancas poderia funcionar amanhã, se o Mercado estivesse aberto.
Goulart
afirmou que o Mercado começa a ser reconstruído nesta segunda-feira, e os
permissionários das bancas terão recursos do Funmercado (Fundo Municipal do
Mercado Público, formado com a receita arrecadada das permissões) para
recuperar suas perdas. Em reunião com proprietários de bancas e
estabelecimentos do lado de fora do prédio, autoridades municipais organizaram
a retirada de produtos que não foram destruídos pelo fogo.
O
incêndio causou mais danos no segundo andar, no lado da Avenida Júlio de
Castilhos, onde estão localizados restaurantes. A perda foi total para alguns
estabelecimentos, especialmente aqueles voltados para a esquina da Júlio de
Castilhos com a Borges de Medeiros.
No
entanto, a área voltada para o Largo Glênio Peres estava praticamente intacta,
incluído o teto. A área central do andar superior do Mercado também estava em
boas condições, inclusive ainda exibia um grande banner que descia do teto.
Muitas cadeiras de madeira do segundo andar não pegaram fogo, inclusive muitas
das próximas à área mais afetada – as do térreo também não foram afetadas.
O
delegado Hilton Müller Rodrigues disse que ainda são desconhecidas as causas do
incêndio, mas a perícia está investigando isso. "Não é a destruição que
vimos ontem, a impressão que temos é positiva", disse. Sobre o trabalho
dos Bombeiros e de prevenção do incêndio, o delegado não mostrou contrariedade.
"Os peritos nos garantiram que os hidrantes do segundo andar estavam
funcionando", disse.
O
prefeito de Porto Alegre José Fortunati afirmou em entrevista coletiva que o
Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) do Mercado Público estava vencido
desde 2007. Segundo a SMIC, uma licitação foi feita para contratar uma empresa
que faria o PPCI, mas a licitação ainda está na fase da contratação.
Fonte: Terra